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CEPAL ALERTA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO REGIONAL NO ENFRENTAMENTO DA CRISE MUNDIAL

Relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe - CEPAL ressalta a insatisfação com a globalização e projetou uma contração de 5% das exportações regionais em 2016, acumulando quatro anos consecutivos de queda.

A América Latina e o Caribe devem enfrentar as tensões da globalização com maior integração e industrialização

As novas estimativas do relatório da CEPAL ressaltam que a dinâmica do comércio exterior da América Latina e do Caribe tem o pior desempenho em oito décadas. Em 2016, o valor das exportações da região caiu pelo quarto ano consecutivo e se contraiu em 5% devido ao menor dinamismo da demanda mundial por seus produtos e pela crescente incerteza. De todo modo, essa queda é substancialmente menor do que a de 2015 (-15%). Por sua parte, suas importações  reduziu em 9,4%, cifra similar à registrada em 2015 (-10%).
Nesse contexto, a redução do comércio intrarregional, estimada em -10% implica uma queda muito maior do que a das exportações para o restante do mundo, tal como ocorreu nos três anos anteriores, sendo a dinâmica especialmente negativa no comércio entre as economias da América do Sul.
O relatório ressalta que a participação da região nas exportações mundiais de bens e serviços se estagnou em torno de 6% nos últimos 15 anos, e retrocedeu no caso dos bens de alta tecnologia e dos serviços empresariais, financeiros e de telecomunicações em comparação com a Ásia em desenvolvimento, especialmente a China.
No relatório, pela primeira vez a CEPAL apresenta projeções do comércio exterior regional para o período de 2017-2020, que mostram uma modesta recuperação: seu valor crescerá a uma taxa média anual próxima a 3% tanto para as exportações (2,9%) como para as importações (3,1%).
Para superar as tensões da globalização e da difícil cojuntura do comércio da região, o relatório recomenda aos países da região avançar na diversificação e na integração; acelerar o avanço na agenda de facilitação do comércio; impulsionar a convergência entre os blocos de integração; avançar rumo a um mercado regional digital; implementar um programa de infraestrutura, e implementar políticas industriais e comerciais consistentes com a revolução tecnológica e um grande impulso ambiental.
Panorama da Inserção Internacional 2016 analisa os efeitos potenciais do Acordo da Associação Transpacífico (TPP, em sua sigla em inglês), cuja aprovação enfrenta um cenário cada vez mais incerto. Ao materializar-se, o mercado que cobriria este mega-acordo representaria 38% do produto interno bruto (PIB) global e 24% do comercio mundial de bens.
Na edição de 2016 do Panorama da Inserção Internacional da América Latina e do Caribe é analisado do ponto de vista do comércio internacional e no contexto regional. A partir dessa perspectiva, é observando o aumento acentuado nos últimos anos de desafios para a globalização, especialmente nos países desenvolvidos. Em termos de comércio exterior da América Latina e do Caribe ficou para a região em termos da sua integração na economia global, uma desaceleração na sua participação nas exportações mundiais de bens e serviços e uma redução da sua participação no comércio é observado de alta - produtos de tecnologia e serviços modernos. Embora o aumento da participação regional nos fluxos globais de investimento direto estrangeiro tem reforçado especialização em atividades de baixa tecnologia. 
O capítulo final do documento aborda a questão da Trans -Pacífico Acordo de Parceria (TPP), assinado em 2016 entre os 12 países da América Latina e do Caribe, América do Norte, Ásia e Oceania. Este acordo é caracterizada por uma forte componente de harmonização regulamentar em áreas como o comércio eletrônico, as empresas estatais, a coerência regulamentar e vários aspectos trabalhistas e ambientais. O TPP tem sido muito controversa e, atualmente, existe uma grande incerteza sobre a sua entrada em vigor.

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