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COM GUARDA CHUVA E COM CRACHÁ, VENCEREMOS!

EITA CABRAS DISGRAMADOS!
O INESQUECÍVEL DIALOGO ARREMETIDO POR DOIS CABRAS DA PESTE ARRETADOS NA FAZENDA ANJICOS, JUNTO AOS SANTOS DE GUARDA DE LAMPIÃO E MARIA BUNITA


E logo foi dizendo Baiano:
- Maria, em casa de Maroca, pedaço de pau é cutuco, e vuco-vuco é vucovuco!
  
   Galego resolveu entrar em disputa e despejou a opinião sem nem pestanejar:

- Em festa de inhambu, jacu não pia! 


Baiano não achou graça no jeito  bandolo dootro atravessar a lingua e ficou daquele  modo cicutento, que nem quando a gente fica quando tem um problema que cutuca o senho sovacando a alma. Então o bicho disparou:
- Onça morta até cachorro mija 

Galego percebeu o aro da discórdia, mas nem fez premissa... Pra ele; sol é sol e chuva... não molha  pé dendágua.  Resolveu foi... asseverar:


- Faça trabalhar a cabeça e dê descanso à língua! 


Mas, para Baiano a viuva ainda não era morta e ele ficou cheio de certeza fraseando com aquela cara de quem, quando quer; a Besta não rupêia e nem nega a banda pra ele amontar:

- Galo velho em terra dos outros é pintinho! 


Galego manteve o Freno:

- Gambá conhece gambá! 

 Baiano enrupiou de novo:

- Garrafa de querosene nunca perde o cheiro! 

 Galego, que nunca foi cabra de altar, dipôs a Pica Fumo na ribalta e fez fala firme, mas evitando depositar violencia ademasiada:

- Gosto é como cu, cada um tem o seu! 

Baiano conhecia as merecencias dooutro, mas não nem de longe casqueou um timidário, pelo o que continuou no arremedo igual:

- Infeliz quem cai de costas e quebra o nariz! 

Galego se evitou e voltou a pica-fumo ao rolo, não sem antes fornecee a sabidice:

- Isso não é nada comparado com a eternidade!

Baiano sabia que a galonteria de Galego não era de medrozice, mas de artimanhola esperta de falador professional. Então, só fez um resguardo conversante:

 -Jerimum se guarda, mas melancia, se não comer logo, apodrece! 


Galego fez como de completar a sua verbalhice anterior:

- Junto de mim gente ruim não faz rancho, se fizer de manhã, de tarde eu desmancho! 


Ao que baiano completou a merenda:

- Lei de São Raimundo, bucho cheio e pé no mundo! 


E Galego recompletou:

- Levou um sabacu! 


Daí pra frente foi um tráz do outro:

- Macaco velho não se acostuma com coleira! 

Galego:

Mais caga um boi do que cem pombinhas! 

Baiano:
- Mais enrolado do que piroca de pato!

Galego:  
- Mais liso do que muçu! 

Baiano:
- Mora na baixa da égua, prá lá da casa do caralho! 

Galego:
- Na guerra urubu é frango! 

Baiano:
Não bote minha mãe no meio que eu boto no meio da sua! 

Galego: 
- Não tem chuva nem orvalho, tá um frio do caralho! 

Baiano:
- Fala da última que falo de primeira!

Galego: 
- Não tem eira nem beira nem pau de porteira! 

Foi então que Baiano mostrou os dentes, que em cavalo quando come cenoura... O Galego era irmão botocudo dele e relva dele nem fazia cosquinha no coração. Porisso disse com mais mansidez:  
- Morrendo e aprendendo! 

Galego, de sorriso semvergonha de falta dente:
- Me inclua fora dessa!

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