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ONU CONDENA HOSTILIDADE DE WASHINGTON CONTRA A VENEZUELA

Nações Unidas, 18 mar (Prensa Latina) Países de vários continentes manifestaram nos últimos dias na ONU seu rechaço às medidas unilaterais tomadas pelo presidente estadunidense, Barack Obama, contra a Venezuela, nação à qual reafirmaram seu apoio. Na segunda-feira passada o Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal) condenou de maneira categórica em um comunicado a decisão anunciada por Obama no dia 9 de março, de considerar a Venezuela como uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional da potência do norte, bem como as sanções a servidores públicos.

A organização que agrupa 120 dos 193 membros das Nações Unidas considerou a postura de Washington desproporcional, e reiterou seu firme apoio à soberania, a integridade territorial e à independência do estado sul-americano.

Reafirmamos a necessidade de respeitar o direito internacional, incluindo os princípios e propósitos da Carta da ONU, no referente às relações de amizade e cooperação entre os países, detalhou.

O Movimento instou o governo estadunidense a participar de conversas construtivas com a Venezuela, e a deter suas "medidas coercitivas ilegais que afetam o espírito de diálogo e entendimento político entre as nações".

Por sua vez, mulheres líderes da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América - Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) recusaram a agressividade da Casa Branca, por tratar-se de uma flagrante violação do direito internacional e da Carta da ONU.

Membros do bloco de integração regional na 59 Sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher - fórum que ocorre aqui de 9 a 20 de março- advertiram que as medidas representam uma ação prévia a intervenções de maior alcance contra o povo venezuelano.

Em declarações à Prensa Latina, a vice-chanceler e embaixadora da Nicarágua perante as Nações Unidas, María Rubiales, chamou a América Latina e o Caribe a "não permitir ataques contra uma república irmã, venham de onde venham, porque hoje é a Venezuela e amanhã pode ser qualquer outra, como a história tem demonstrado".

De acordo com a diplomata, devem ser procurado todos os mecanismos de integração regional e os espaços globais de acordo para denunciar a postura de Washington.

"É absurdo e irreal o que Obama apresentou, como pode a Venezuela constituir uma ameaça incomum e extraordinária para os Estados Unidos, quando o único e verdadeiro perigo para a soberania dos povos é o imperialismo?", disse.

Além disso, primeira vice-presidenta da Assembleia Nacional equatoriana, Rosana Alvarado, criticou a hostilidade norte-americana, e assegurou que os países progressistas não abandonarão Caracas.

A líder parlamentar opinou na semana passada que a política hostil de Washington demonstra que não acabaram as condutas imperiais, e a necessidade da união latino-americana e caribenha para enfrentá-los.

"Quem poderia imaginar em pleno século XXI que os Estados Unidos sigam considerando a nossas pátrias territórios para a conquista, a colonização e a vasalhagem", sublinhou Alvarado, que encabeça a delegação de Quito ao fórum da ONU para a igualdade de gênero e o empoderamento da mulher.

Em declarações à Prensa Latina, o embaixador de Venezuela aqui, Rafael Ramírez, destacou a solidariedade internacional com seu país.

Ramírez exigiu o fim das sanções e a ordem executiva anunciadas por Obama, que considerou ter a obrigação moral de retificar sua agressividade.

De acordo com o diplomata, além de desproporcional e intervencionista, semelhante decisão carece de argumentos críveis, e bastaria uma olhada na história recente de ambos os países para mostrá-lo.

"Como pode uma nação que prioriza a cooperação e a solidariedade ameaçar a uma potência nuclear, de enorme poderio militar e econômico, e com uma política exterior agressiva", perguntou.

O diplomata adiantou que Caracas seguirá denunciando perante o mundo a absurda e repudiável posição do governo norte-americano contra a Venezuela.

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