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O ISIS tem todas as marcas de um grupo jihadista patrocinado pela CIA

ISIS: Uma Criação da CIA para justificar a Guerra no Oriente Médio e a Repressão no Ocidente
A ideia da CIA de financiar um grupo islâmico para promover seus interesses políticos não é tão "absurda". Na verdade, existem vários casos óbvios na história recente em que os EUA apoiaram abertamente os grupos islâmicos extremistas (apelidados de "combatentes da liberdade" nos meios de comunicação de massa). O exemplo mais flagrante e bem documentado é a criação do mujahidin no Afeganistão, um grupo que foi criado pela CIA para atrair a União Soviética em uma "armadilha afegã".
O termo mujahidin significa "os muçulmanos que lutam no caminho de Deus" e vem da raiz da palavra "jihad". O "grande inimigo" de hoje foi o amigo do passado.Tanto Brown quanto Freier acreditam que a radicalização das mulheres tem mais a ver com política e protestos do que com religião, pois muitas começam a viagem com pouco conhecimento sobre o que é de fato o islamismo e como isso afetaria suas vidas.
Através de manchetes terríveis e vídeos chocantes, o ISIS está sendo usado como uma ferramenta para justificar a guerra no Oriente Médio e para causar medo e pânico em todo o mundo. Não, isso não é uma "teoria da conspiração maluca", é simplesmente o truque mais velho do livro de mágica. O ISIS foi criado pelas mesmas forças que estão lutando contra ele. 

Desde a criação das nações democráticas - onde a opinião pública importa um pouco - a classe política está diante de um dilema: a guerra é necessária para ganhar poder, riquezas e controle, mas o público em geral tem uma tendência a ser contra ela. O que fazer? A resposta foi encontrada há décadas e ainda hoje é utilizada com sucesso: criar um inimigo tão terrível que as massas irão implorar ao seu governo para entrar em guerra.

É por isso que existe o ISIS. É por isso que os vídeos de decapitação são tão "bem produzidos" e divulgados em todo o mundo através da mídia mainstream. É por isso que as fontes de notícias vêm regularmente com manchetes alarmistas sobre o ISIS. Elas são usadas ​​para servir os melhores interesses da elite mundial. Os objetivos atuais são: influenciar a opinião pública para favorecer a invasão de países do Oriente Médio, um pretexto para a intervenção e "coalizão" em todo o mundo, e fabricar uma ameaça interna que será utilizada para tirar direitos e aumentar a vigilância. Em suma, o ISIS é mais um exemplo da tática milenar de criar um inimigo terrível para assustar as massas.


"Além disso, visto que a América se torna uma sociedade cada vez mais multi-cultural, ela pode achar mais difícil moldar um consenso sobre questões de política externa, exceto nas circunstâncias de uma ameaça externa direta, verdadeiramente maciça e amplamente percebida".

 - Zbigniew Brzezinski, The Grand Chessboard


Cerca de uma década depois da invasão do Iraque (que ainda é uma zona caótica e perigosa), a maioria concorda que a guerra foi baseada em premissas falsas. O público, em última instância, reconheceu que as "armas de destruição em massa" - desculpa abundantemente repetida por George W. Bush e Donald Rumsfeld - foram uma completa invenção. Apesar disso, os EUA e seus aliados (juntamente com o Conselho de Relações Exteriores e de outros grupos de opinião da elite internacional) ainda estão procurando estender a guerra no Oriente Médio, com a Síria como o alvo preferencial. Visto que o público em todo o mundo ocidental foi decididamente contra uma invasão não provocada da Síria, um único evento de mídia virou a maré: surgiu um pequeno vídeo em que um jihadista mascarado decapita um jornalista americano.

 Manchetes sensacionalistas e imagens dramáticas ajudam
 a despertar sentimentos de raiva no mundo ocidental. 

 O protesto foi imediato. Como não poderia ser? Filmado em alta definição, com iluminação cinematográfica perfeita, os vídeos de decapitação são configurados para gerar um sentimento visceral de horror e terror. Vestido com um traje laranja, que lembra o Guantanamo Bay, um jornalista ocidental indefeso é executado por um fanático bárbaro vestido de preto, exibindo dramaticamente uma pequena faca como arma. Nenhum propagandista conseguiria pensar em uma maneira melhor de influenciar a opinião pública para uma guerra. E ainda, como um efeito de "bônus", o vídeo desperta uma histeria anti-muçulmana em todo o mundo, um sentimento que é constantemente explorado pela elite mundial.

Pouco tempo depois, a guerra contra o ISIS foi declarada, quase como se tivesse sido planejada por meses. Em uma entrevista para o US Today, o ex-diretor da CIA, Leon Panetta, afirmou que os americanos devem se preparar para uma guerra de 30 anos que vai se estender bem além da Síria:


"Eu acho que nós estamos olhando para uma espécie de guerra de 30 anos", diz ele, que terá que se estender além do Estado Islâmico para incluir as ameaças emergentes na Nigéria, Somália, Iêmen, Líbia e em outros lugares. 

 

Basicamente, no espaço de poucos meses, um grupo terrorista literalmente surgiu do nada, causando caos nas regiões que os EUA e seus aliados têm procurado atacar durante anos. Seu nome: Estado Islâmico na Síria, ou ISIS. O próprio nome é simbólico e revelador. Por que está um grupo "islâmico" fazendo homenagem a uma deusa egípcia antiga? Talvez porque ela seja uma figura favorita da elite oculta - os verdadeiros culpados que estão por trás dos horrores do ISIS. 

A Continuação da História 

A ideia da CIA de financiar um grupo islâmico para promover seus interesses políticos não é tão "absurda". Na verdade, existem vários casos óbvios na história recente em que os EUA apoiaram abertamente os grupos islâmicos extremistas (apelidados de "combatentes da liberdade" nos meios de comunicação de massa). O exemplo mais flagrante e bem documentado é a criação do mujahidin no Afeganistão, um grupo que foi criado pela CIA para atrair a União Soviética em uma "armadilha afegã". O termo mujahidin significa "os muçulmanos que lutam no caminho de Deus" e vem da raiz da palavra "jihad". O "grande inimigo" de hoje foi o amigo do passado. Um arquiteto importante dessa política foi Zbigniew Brzezinski um dos estadistas mais influentes da história dos Estados Unidos. De JFK até Obama, Brzezinski foi uma figura importante na formação política dos Estados Unidos em todo o mundo. Ele também criou a Comissão Trilateral com David Rockefeller. No seguinte trecho de uma entrevista de 1998, Brzezinski explica como o mujahidin foi usado ​​no Afeganistão:


Pergunta: O ex-diretor da CIA, Robert Gates, afirmou em suas memórias ["From the Shadows"], que os serviços de inteligência dos Estados Unidos começaram a ajudar o Mujahadin no Afeganistão seis meses antes da intervenção soviética. Nesse período, você era o conselheiro de segurança nacional do presidente Carter. Você, portanto, desempenhou um papel nesse caso. Isso é correto?

Brzezinski: Sim. De acordo com a versão oficial da história, a ajuda da CIA para o Mujahadin começou em 1980, ou seja, depois de o exército soviético invadir o Afeganistão em 24 de dezembro de 1979. Mas a realidade, secretamente guardada até agora, é completamente o contrário da verdade. Foi dia 3 de julho de 1979 que o presidente Carter assinou a primeira instrução oficial para o apoio secreto aos opositores do regime pró-soviético de Cabul. E naquele mesmo dia, escrevi uma nota ao presidente na qual eu expliquei-lhe que, na minha opinião, essa ajuda iria induzir uma intervenção militar soviética. 

 - Le Nouvel Observateur, a intervenção da CIA no Afeganistão
 

 Presidente Ronald Reagan sentado na Casa 
Branca com os afegãos "combatentes da liberdade".

Algumas décadas mais tarde, esses "combatentes da liberdade" se transformaram nos terroristas talibãs, entre eles Osama bin Laden, que virou de um agente da CIA para o inimigo público nº 1. O grupo foi então usado para justificar a guerra no Afeganistão. É um dos inúmeros exemplos em que um grupo islâmico foi criado, financiado e utilizado para promover os interesses dos Estados Unidos. Os EUA também apoiaram a Irmandade Muçulmana no Egito, Sarekat Islã, na Indonésia, Jamaat-e-Islami, no Paquistão, e o regime islâmico da Arábia Saudita para combater a Rússia.

 "A América não tem amigos ou inimigos permanentes, só interesses." 
 - Henry Kissinger 
 

 Detalhes Questionáveis ​​sobre o ISIS

O ISIS é uma nova Al-Qaeda, totalmente adaptada para os dias de hoje. Surgiu do nada, no espaço de poucos meses, o ISIS aparentemente garantiu um grande número de recursos, armas, equipamentos de alta tecnologia de mídia e especialistas em propaganda. De onde vem todo o dinheiro e conhecimento?

A história do líder do ISIS, Abu Bakr al Baghdadi, é extremamente obscura. Segundo alguns relatos, al Baghdadi foi detido pelos americanos em Camp Bucca no Iraque por vários anos. Alguns especulam que foi nessa época que ele começou a trabalhar com a CIA.

"Ele foi capturado pelos americanos em 2005, e foi mantido em Camp Bucca, no sufocante sul do Iraque durante anos, mas é difícil apontar as circunstâncias e momento de sua libertação. Em qualquer caso, ele estava livre em 2010 e já tinha ascendido o suficiente no movimento jihadista que ele assumiu o controle da filial da Al Qaeda no Iraque após a morte de dois superiores". 

- Miami Herald, Who is Iraq’s Abu Bakr al Baghdadi, world’s new top terrorist?

Pouco depois de sua libertação, al Baghdadi levantou-se rapidamente aos mais alto dos escalões da Al-Qaeda, acumulou uma fortuna, foi expulso da Al-Qaeda, e agora lidera o ISIS. Ele foi impelido por forças externas?
 Durante a sua primeira aparição pública como chefe do ISIS, al Baghdadi 
ordenou aos muçulmanos que o obedeçam como o "líder que preside." Ele também 
foi flagrado usando um relógio caro, que se acredita ser um Rolex, um Sekonda ou um
 Omega Seamaster - todos custam alguns milhares de dólares. Uma escolha um pouco 
estranha para um líder prometendo lutar contra a "decadência ocidental"?

Os vídeos de decapitação também levantaram bastantes as sobrancelhas.
  A propaganda de guerra não poderia pedir uma
 melhor ferramenta para gerar consentimento. 

Configurado para máximo efeito teatral, os vídeos têm detalhes questionáveis. Primeiro, porque as vítimas prestes a serem decapitadas são capazes de falar de um jeito tão calmo e inteligível? Nem precisa dizer que as pessoas que estão prestes a ter a sua cabeça cortada de uma forma horrível entram geralmente em um estado de pânico e terror enorme. Por que o sangue não jorrou quando a faca cortava a garganta da vítima? E, por último, porque o carrasco está mascarado? Por que ele se importa? Além disso, por que ele fala com um sotaque britânico? Apelidado de "jihad John" por revistas de baixo grau em todo o mundo ocidental, ele é uma maneira de dizer ao público que os extremistas podem vir do Oeste, então tome cuidado com o seu vizinho.
 O material de propaganda do ISIS utiliza equipamentos produzidos
 por produtores de cinema experientes. Sua produção é um passo acima da 
"propaganda islâmica" habitual encontrado circulando no Médio Oriente. 

Naomi Wolf, a reputada escritora e ex-assessora de Bill Clinton atraiu uma enxurrada de críticas quando ela expressou ceticismo em relação ao ISIS e pediu rigor jornalístico.
O post de Naomi Wolf sobre o ISIS. Ele foi removido. 

 Depois de se encontrar sob ataque por inúmeros jornalistas e observadores, Wolf acrescentou:

Os EUA se beneficiam de... nós sermos tão assustados a ponto de nossas agências de inteligência poderem tirar a última de nossas liberdades em nome de interesses corporativos do jeito que as agências de inteligência no Ocidente estão fazendo em toda parte... Grã-Bretanha, Canadá, Austrália, Nova Zelândia é a próxima... então é isso aí.

Eu vejo alguns blogs distorcendo a natureza das coisas que eu disse... Por que eu não costumo tomar narrativas políticas de forma superficial do jeito que elas são ditadas para a imprensa? 

A) Porque eu sou uma jornalista e verificar com ceticismo é suposto ser parte de nosso trabalho, mas o mais importante b) porque eu trabalhei para duas campanhas presidenciais, uma formal e uma informal, como consultora política, e porque eu fui esposa de um escritor de discursos da Casa Branca por muitos anos.

Como consultora política e também uma antiga observadora de perto de como as notícias e declarações saem da Casa Branca e das campanhas presidenciais, eu sei que PRIMEIRO a equipe de comunicação envolvida tem que começar com algo entregue a eles com o qual eles não tiveram nenhuma relação...

E depois, as pessoas talentosas e criativas nas campanhas ou lojas de comunicações do país são convidadas a construir uma narrativa sobre o assunto e pontos de discussão e encontrar "heróis" que ajudam a narrativa, e a narrativa, muitas vezes, finalmente, parece que nada tem a ver com o negócio real. (Na verdade, melhor assim.)

E aquele discurso edificante de campanha ou de conferência de imprensa muitas vezes envolve encontrar indivíduos com grandes histórias para contar que não têm nada a ver com o negócio. 

Então todas as pessoas que estão me atacando agora por 'teorias da conspiração' não têm ideia do que estão falando... pessoas que assumem que a narrativa dominante deve ser a verdade e os motivos dominantes deve ser os  reais não têm experiência em como o mundo funciona.
 

Naomi Wolf tem boas razões para falar sobre o ISIS. Em seu livro de 2007, "The End of America"​​, Wolf delineou 10 passos necessários para um grupo fascista (ou de governo) para destruir o caráter democrático de um Estado-nação e subverter as liberdades sociais e políticas anteriormente exercidas pelos seus cidadãos.

1. Chame um inimigo interno e externo aterrorizante.

2. Crie prisões secretas onde a tortura ocorre.

3. Desenvolva uma casta de bandido ou força paramilitar que não responde perante os cidadãos.

4. Estabeleça um sistema de vigilância interna.

5. Assedie grupos de cidadãos.

6. Envolva-se em detenção arbitrária e liberação.

7. Ponha como alvo indivíduos-chave.

8. Controle a imprensa.

9. Trate a todos os dissidentes políticos como traidores.

10. Suspenda o Estado de Direito.

Embora o público no mundo ocidental seja rápido em rotular qualquer um que questione a história oficial como um "teórico da conspiração", o público no Oriente Médio é extremamente cético sobre o ISIS e seu chamado "Jihad". Por exemplo, no Líbano e no Egito, a ideia de que o ISIS foi uma criação dos EUA estava tão difundida (altos funcionários estavam dizendo isso) que a Embaixada dos EUA em Beirute foi necessária para negar os rumores.
  Post do Facebook da Embaixada dos EUA em Beirute. 

Para muitos moradores do Oriente Médio, as ações e o modus operandi do ISIS são nada menos do que suspeito. O grupo na verdade parece ser para ajudar os EUA e sua coligação a alcançar seus objetivos militares no Oriente Médio.
 Este mapa mostra os atuais redutos do ISIS. Como você pode ver, eles 
estão localizados exatamente onde a coalizão tem procurado invadir por anos. 

Visto que a ameaça do ISIS se espalha para os países vizinhos, ela irá permitir ataques militares contra várias nações. É só uma questão de tempo até que os ataques aéreos sejam considerados ineficazes e tropas terrestres tornam-se necessárias. No final, essas operações vão completar um plano de longo prazo de reorganizar o Oriente Médio, eliminando todas as ameaças a Israel e aumentando significativamente a pressão sobre o Irã e a força islâmica restante da região.

ISIS utilizado para a Repressão Doméstica

Desgostosa com os vídeos de decapitação, a maioria dos ocidentais agora favorecem a aniquilação violenta do ISIS. Claro, eles não percebem que esse mesmo fervor vai levá-los a se tornarem vítimas de seus próprios governos.
 De protestar pela a paz a protestar pela a guerra, um pouco de propaganda pode
 percorrer um longo caminho para influenciar os pensamentos das pessoas. 

Nas últimas semanas, o ISIS tem emitido várias ameaças a países específicos, causando pânico em cada um deles, o que levou os governos a "agirem". Infelizmente, "tomar medidas" significa reduzir a liberdade de expressão e aumentar pesquisas e vigilâncias ilegais. O Canadá já está usando o ISIS como uma razão para espionar os cidadãos e está trabalhando em novas leis que permitem uma maior vigilância.

O chefe da agência de espionagem do Canadá disse que não há sinais de um iminente ataque terrorista contra o país, mas as autoridades estão monitorando 80 suspeitos de terrorismo canadenses que voltaram para casa de violentos pontos em todo o mundo. 

Coulombe disse que os 80 suspeitos não foram acusados ​​devido à dificuldade permanente de coleta de provas sólidas contra eles. 

O Ministro de Segurança Pública, Steven Blaney, disse que irá introduzir novos instrumentos legislativos nas próximas semanas para ajudar as agências de aplicação da lei a melhor "rastrear os terroristas." 

Blaney não deu detalhes sobre o que essas novas medidas serão. 

- Toronto Sun, CSIS keeping watch on 80 Canadian terror suspects nationwide 

No Reino Unido, os conservadores apresentaram suas "Extremist Disruption Orders", uma lista de regras sem precedentes que tem graves implicações sobre a liberdade de expressão.

Extremistas terão que obter mensagens no Facebook e no Twitter aprovadas previamente pela polícia sob as regras amplas planejadas pelos Conservadores. 

Eles também serão impedidos de falar em eventos públicos, se eles representam uma ameaça para "o funcionamento da democracia", segundo as novas ordens. 

Theresa May, Ministro do Interior, irá estabelecer planos para permitir que juízes proíbam as pessoas de transmitir ou protestar em determinados lugares, bem como se associar com pessoas específicas."

 - The Telegraph, Extremists to have Facebook and Twitter vetted by anti-terror police

Quanto tempo levará para que a palavra "extremista" seja diluída e utilizada para descrever alguém com uma opinião diferente?

Conclusão 

O ISIS tem todas as marcas de um grupo jihadista patrocinado pela CIA, criado para facilitar a guerra no exterior e a repressão doméstica no ocidente. Se olharmos para a história do Oriente Médio de "dividir e conquistar" ou os detalhes suspeitos do ISIS e as repercussões de sua existência no mundo ocidental, pode-se facilmente ver como o ISIS é uma continuação de um padrão óbvio. As questões mais importantes que se pode perguntar são as seguintes: Quem se beneficia com a existência do ISIS e o terror que ele gera? O que ganha o ISIS criando vídeos insultando os exércitos mais poderosos do mundo? Os ataques aéreos? Por outro lado, o que a classe dominante no mundo ocidental tem a ganhar? Continuam a ganhar dinheiro com a guerra e as armas, tomando o controle do Oriente Médio, apoiando Israel, aumentando a opressão e a vigilância das populações nacionais e, finalmente, mantendo as massas constantemente aterrorizadas e sob controle.

Em suma, alimentar o pânico em todo o mundo e provocar um estado de caos no Oriente Médio foi considerado necessário para implementar uma nova ordem mundial. 'Isis', a deusa egípcia e mãe de Hórus, é o nome de uma das figuras mais importantes para a elite maçônica. Seu lema? Ordo ab Chao... ordem no caos.
Grupo autodenominado 'Estado Islâmico' tem atraído extremistas estrangeiros
Foto: AFP

O número de europeus que integram as forças islamistas no conflito na Síria e no Iraque subiu para mais de 3 mil, disse à BBC o coordenador de políticas antiterrorismo da União Europeia, Gilles de Kerchove. Segundo ele, o número inclui os cidadãos que estiveram na região e retornaram à Europa, os que ainda estão lá e os que morreram em combate. Jihadistas europeus podem facilitar ataques terroristas na Europa e nos Estados Unidos.

Adesão crescente?
A agência de inteligência norteamericana, a CIA, estima que 31 mil estrangeiros integrem o Estado Islâmico.

Foto: AFP
Gilles de Kerchove diz que Califado estimulou adesão de europeus a força Jihadista.
Esta seria a maior adesão de estrangeiros a uma força militar de um conflito nacional desde a Guerra Civil espanhola, quando entre 30 mil e 35 mil estrangeiros lutaram pelas forças republicanas, em oposição ao general Franco, apoiado pela Alemanha nazista e pela Itália fascista.
As estimativas quanto à participação estrangeira vêm aumentando. Um estudo de junho do centro de estudos de inteligência Soufran Group afirma que, nos três primeiros anos da guerra na Síria, 12 mil estrangeiros tiveram participação em forças jihadistas.
Somente europeus, havia 2 mil em abril, segundo as estimativas de De Kerchove, contra cerca de 500 um ano antes.
O professor Peter Neumann, do King’s College de Londres, estima que cerca de 80% dos voluntários ocidentais tenham aderido ao Estado Islâmico no último ano. De acordo com estudo do Soufran Group, os voluntários têm entre 19 e 29 anos na maioria.
De Kerchove afirmou que o fato de o Estado Islâmico ter declarado um califado em junho pode ser mais uma das razões por trás da atração de mais estrangeiros para a luta extremista.
"Se você acredita no califado, provavelmente vai querer fazer parte dele o mais rápido possível", disse.

O que é um califado? Entenda o anúncio de grupo rebelde


A palavra "califado" em árabe significa, literalmente, o processo de escolher um líder (o califa) para mulçumanos ao redor do mundo.
O termo também se refere ao sistema de governo que começou após a morte do profeta Mohamed. O último califado foi o Império Otomano, e foi abolido pelo nacionalista e secular líder turco Mustafa Kamal Ataturk em 1924.
O Isis está agora tentando trazer de volta a noção puritana do Islamismo, e se apresentar como líder de todos os mulçumanos.
Essa é uma iniciativa tomada por uma linha extremamente dura do grupo sunita, e não será reconhecida pelo Irã, ou pelos mulçumanos xiitas, assim como pela Arábia Saudita, que se vê como zeladora dos lugares mais sagrados do Islamismo.
Estados e comunidades mulçumanas moderadas também rejeitam esse movimento, e todos os governos da região veem o auto-declarado "Estado Islâmico" como uma ameaça, e perigo de segurança.
O Isis estabeleceu o sistema em partes da Síria e do Iraque, e o maior perigo que o "Estado Islâmico" (IS, na sigla em inglês) apresenta atualmente é aos países vizinhos da Síria e do Iraque, como Líbano, Jordânia, e Arábia Saudita. O grupo terrorista ISIS foi criado pela CIA e conta com financiamento da Arábia Saudita e Catar.
O risco para países mulçumanos sunitas é mais interno que externo, caso grupos locais decidam se juntar ao IS e começar a confrontar autoridades e se armar.
O Irã não está sob risco direto por ser uma grande potência militar xiita na região e capaz de deter qualquer ameaça territorial, mas verá a ascensão de um grupo sunita fundamentalista como o IS como uma ameaça ao seu poder regional e esfera de influência.
O Isis vai querer atrair mais recrutas e expandir ou consolidar seu poder.
O grupo pediu à todos os grupos jihadistas sunitas que jurassem lealdade, e como tal, grupos afiliados à linha dura da Al-Qaeda têm escolhas difíceis para fazer.
Eles tanto podem lutar contra o IS, da mesma forma que grupos como o Jabhat Al Nusra - o afiliado oficial da Al-Qaeda na Síria - tem feito, ou sucumbir ao Isis, ou desafiar e arriscar ser marginalizado em decorrência do sucesso do Isis e se tornar irrelevante.

Por que cada vez mais mulheres americanas e europeias se alistam no Estado Islâmico


ISIL
Publicado na DW. 
Elas já haviam cruzado metade do caminho em direção à região sob controle do “Estado Islâmico”, quando, no último fim de semana, foram interrompidas. As três americanas, de entre 15 e 17 anos, foram descobertas pela polícia em Frankfurt – e mandadas de volta para os Estados Unidos.
Outras meninas da América do Norte e também da Europa, no entanto, conseguiram chegar a seu destino final: a Síria. Entre as pessoas que voluntariamente estão se engajando junto ao EI, o número de mulheres ainda é baixo. Mas está aumentando.
Há poucos meses, o caso de uma estudante de 16 anos de Constança, no sul da Alemanha, causou frisson. Secretamente, ela atravessou a Turquia e viajou até uma área de treinamento na Síria.
Segundo cálculos de Katherine Brown, especialista em terrorismo da King’s College de Londres, cerca de 200 mulheres já deixaram a Europa em direção à zona de conflito na Síria.
“O ‘Estado Islâmico’ oferece uma utopia política”, explica a pesquisadora em entrevista à DW. “Há uma romantização a respeito da região sob domínio dos radicais islâmicos”. Para Brown, também conta o fato de muitos muçulmanos se sentirem excluídos na Europa.
Há ainda os jovens, lembra Brown, que se sentem impulsionadas pela sede de aventura, algo parecido com o que ocorreu durante a Guerra Civil Espanhola, há mais de 75 anos. “Elas querem ser parte de algo novo, como mães do Estado e mulheres dos combatentes”, afirma a pesquisadora.
Jovens são maioria
Segundo Burkhard Freier, diretor do departamento de proteção à Constituição da Secretaria de Segurança da Renânia do Norte-Vestália, pelo menos 25 mulheres deixaram o estado rumo às regiões sob controle do EI.
“Essas mulheres são muito jovens, mais novas do que os homens. Elas têm entre 16 e 20 anos de idade apenas, e quase todas vêm de famílias de imigrantes”, conta. “Houve ainda casos em que as mulheres dizem que na Síria podem viver muito melhor com a fé no islamismo e com o véu do que na Alemanha.”
Muitas jovens integrantes do EI chegaram ao caminho da radicalização pela internet. Elas se deixam seduzir por vídeos, blogs e posts no Facebook divulgados por outras mulheres que vivem na área sob domínio dos jihadistas.
A rígida interpretação do Alcorão feita pelos radicais, porém, oferece na verdade pouco espaço para as mulheres no conflito. 
Essa é exatamente a experiência pela qual duas jovens austríacas teriam passado. Após seis meses vivendo no “Estado Islâmico”, casadas com jihadistas, elas teriam entrado em contato com amigos e contado que não aguentavam mais o banho de sangue.
Poucos meses antes, as meninas de 16 e 17 anos tinham publicado fotos de si mesas completamente cobertas por véus e segurando fuzis. Na época, elas anunciaram estar dispostas a morrer por Alá.

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