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ALBA COMPLETA 10 ANOS

Cúpula da ALBA-TCP
Dez anos notáveis




Assinalou-se, no dia 14 de Dezembro, uma década de existência da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), cuja constituição se deve a Hugo Chávez e Fidel Castro.

Os dez anos do lançamento da ALBA-TCP pelos ex-presidentes da Venezuela e de Cuba, a 14 de Dezembro de 2004, e o vigésimo aniversário do encontro entre ambos, no mesmo dia e no mesmo mês – que é considerado como percursor dos processos de integração e cooperação anti-imperialistas que hoje prosseguem –, foram, justamente, destacados na cúpula realizada em Havana, capital de Cuba.
Cuba e Venezuela foram fundamentais para o avanço libertador e soberano registado, contrário ao domínio norte-americano no subcontinente. Esse fato também não foi esquecido pelos representantes dos países membros da estrutura multilateral, os quais, além do mais, mantiveram na declaração final palavras solidárias e fraternas para com os povos de Cuba e da Venezuela: o primeiro alvo de um criminoso bloqueio há mais de meio século e qualificado por Washington como «patrocinador do terrorismo», e o segundo na mira do imperialismo com novas e graves sanções.

Destaque na cúpula comemorativa, foi a inclusão de Granada e São Cristobal e Neves como membros de pleno direito na ALBA-TCP – juntando-se a Cuba, Venezuela, Equador, Nicarágua, Antigua e Barbuda, Bolívia, Dominica, Santa Lúcia e São Vicente e as Granadinas –, a presença ao mais alto nível de El Salvador como convidado especial e do Haiti como convidado permanente, e a saudação enviada pelo presidente russo, Vladimir Putin, para quem a Aliança é um exemplo da aplicação das ideias de Simón Bolívar na base des interesses políticos e económicos comuns.
Convergência tendo como objectivo o progresso e bem-estar dos povos que, sublinhou por seu lado o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tem de se aprofundar, pois «cada um para seu lado está condenado ao fracasso», disse.
Progresso efetivo

Na cúpula, o anfitrião e presidente de Cuba lembrou que a ALBA-TCP foi fundada como «alternativa real ao modelo económico e social que se pretende hegemónico, mas que hoje se afunda sem uma saída visível». 
Raúl Castro realçou, igualmente, os progressos inegáveis em resultado da Aliança que nasceu como resposta à Área de Livre Comércio das Américas que os EUA procuraram impor nos primeiros anos do século XXI. Um década depois, a ALBA-TCP vai, porém, muito além de uma plataforma reactiva, consolidando-se como um espaço vital. Disto servem de exemplo a constituição da zona económica ALBA-Petrocaribe ou o avanço da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).

Alguns indicadores provam não só que para a ALBA-TCP os principais inimigos dos povos são a pobreza, a injustiça e a desigualdade, como ainda que nenhuma organização semelhante fez tanto em tão pouco tempo. Em dez anos, a escolaridade nos países membros ronda, em média, os 90 por cento; cinco milhões de pessoas foram alfabetizadas e Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia foram considerados pela Unesco países livres de analfabetismo. No mesmo período e entre os países da Aliança, o desemprego caiu continuamente, o PIB conjunto cresceu quase 24 por cento; mais de 7,5 milhões de pessoas receberam assistência médica gratuita e formaram-se quase 22 mil médicos.

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