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MERKEL ATACA A GREVE DOS FERROVIARIOS NA ALEMANHA

Greve de quatro dias na Deutsch Bahn

Os trabalhadores ferroviarios alemães, Deutsch Bahn, realizaram quatro dias de greve, de 5 a 8 de novembro, reivindicando aumentos salariais de cinco por cento e a redução da semana de trabalho de 39 horas para 37,5 horas.
Esta greve, a terceira no espaço de um mês, visou ainda contestar a intenção do governo de afastar sindicatos de base das negociações de convenções colectivas, como é o caso do sindicato dos maquinistas (GDL).
Pequenos, mas considerados mais aguerridos dos que as grandes organizações sindicais alemãs, estes sindicatos estão a ser alvo de uma tentativa de marginalização por parte do patronato e do governo.
Com o pretexto de estabelecer a «unicidade de negociação sindical», a chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou a intenção de limitar a capacidade de negociação a um único sindicato por empresa, o que anularia de uma só vez todas as estruturas com menos representatividade, impedindo-as também à luz da lei de convocar greves.
Este projeto está a ser fortemente contestado, nomeadamente pelo poderoso sindicato dos pilotos, Vereiningung Cockpit, cujas greves realizadas este ano custaram mais de 160 milhões de euros à Lufthansa.
Em comunicado, a estrutura dos pilotos considerou o projeto como um atentado ao direito de greve e por isso inconstitucional.
Os pequenos sindicatos invocam ainda um acórdão do Tribunal Federal Trabalhista de 2010, que reconheceu o direito à negociação das diferentes estruturas representativas, podendo assim recorrer à greve.

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