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ONU RECONHECE CUBA NA LUTA CONTRA O ÉBOLA

Combate ao ébola
ONU realça Cuba, Venezuela e ALBA

As Nações Unidas qualificam de «extraordinária» a resposta dada por Cuba, pela Venezuela e pela Aliança Bolivariana para os Povos da nossa América (ALBA) no combate ao surto de ébola na África Ocidental. Durante a conferência extraordinária da organização de cooperação latino-americana realizada, segunda-feira, em Havana, Cuba, o coordenador da ONU para o combate ao vírus leu uma mensagem onde Ban Ki-moon exorta «todos os países da região e de todo o mundo a seguir a liderança da ALBA, particularmente de Cuba e da Venezuela, que deram um exemplo louvável com a sua rápida resposta de apoio aos esforços para travar o ébola».

David Navarro relatou, também, que o secretário-geral das Nações Unidas considera vital a realização da reunião, na medida em que o ébola é «um grande problema global que exige uma resposta massiva e imediata».
Quanto ao número de profissionais de saúde que Cuba enviou para a primeira linha de combate ao ébola, na Serra Leoa, Libéria, e Guiné-Conacri, as Nações Unidas sublinharam, na ocasião, que «é mais do que foi enviado pelos Médicos Sem Fronteiras ou pela Federação Internacional da Cruz Vermelha, mais do que foi enviado pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido, mais do que foi enviado pela China».




No final da reunião, o presidente cubano, Raúl Castro, anunciou o envio para os três países africanos de mais 91 médicos e enfermeiros, isto depois de 165 clínicos terem viajado no início de Outubro. 
Na conclusão do fórum, regista-se, igualmente, a criação de uma rede epidemiológica para responder a eventuais casos confirmados ou suspeitos na região, esforço que, referiu Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, merecerá o investimento da mais alta tecnologia, conhecimentos e cooperação disponíveis.
A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, também endereçou aos 12 países-membro da ALBA uma mensagem em que salienta o seu papel no combate a uma doença que pode já ter vitimado cerca de 4500 pessoas e infectado mais de nove mil. A OMS anunciou, entretanto, que a Nigéria é já um território livre de ébola, 42 dias depois de ter sido confirmada a primeira vítima no país.
Os EUA também valorizaram a «contribuição significativa» de Cuba na luta contra o ébola, sobretudo tratando-se de «um país tão pequeno» que, não obstante, está «a fornecer tantos recursos, mais do que muitos outros países», disse uma porta-voz adjunta do Departamento de Estado. Marie Harf esqueceu-se de sublinhar que Cuba dá a tal «contribuição significativa» pese embora o bloqueio norte-americano à ilha.
Washington, que admite ter dado uma resposta insuficiente ao surto de ébola, enviou para a África Ocidental quatro mil militares a pretexto da construção de unidades de emergência médica e requalificação de infra-estruturas nas regiões afectadas pela doença.

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