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NEOLIBERAIS QUEREM DESMONTAR O BRASIL VELOZMENTE!

  • O programa econômico da candidata do PSB "tem propostas na área econômica que repetem erros de governos neoliberais que produzem desempregos e arrocho salarial.
  • Dilma está alertando: "Como presidenta, tenho a obrigação de alertar aos brasileiras e brasileiros que, se colocado em prática, o programa de Marina desmonta o Brasil"; 
  • O BNDES é um dos principais instrumentos que o governo brasileiro dispõe para implementar sua política econômica. É o governo em exercício que escolhe as áreas prioritárias e as linhas de atuação do banco, que as executa por meio de um rigor técnico garantido por seu capacitado corpo funcional.
  • O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social objetiva financiar à longo prazo a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, de âmbito social, regional e ambiental. 
  • O BNDES conta com três subsidiárias integrais: a FINAME, a BNDESPAR e a BNDES PLC. Juntas, as quatro empresas compreendem o chamado Sistema BNDES.
A FINAME foi criada para gerir o então existente Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Novos. Suas atividades são desenvolvidas sob a responsabilidade e com a colaboração do BNDES. A gestão da Agência cabe à sua Junta de Administração.
Os objetivos da FINAME são:
  • atender às exigências financeiras da crescente comercialização de máquinas e equipamentos fabricados no País;
  • concorrer para expansão da produção nacional de máquinas e equipamentos, mediante facilidade de crédito aos respectivos produtores e aos usuários;
  • financiar a importação de máquinas e equipamentos industriais não produzidos no País;
  • financiar e fomentar a exportação de máquinas e equipamentos industriais de fabricação brasileira.
Por decisão da Junta de Administração, a Agência pode realizar operações de “acceptance” para suprimento de capital de giro às empresas instaladas em setores industriais básicos de economia. A FINAME poderá, ainda, subscrever ações de empresas industriais para posterior repasse ao público, e, mediante convênios, aplicar recursos e valores mobiliários de outras agências públicas, federais ou estaduais, nos fins a que se destina.
Os recursos do FINAME são destinados ao financiamento de operações de compra e venda de máquinas e equipamentos de produção nacional  e de exportação e importação de máquinas e equipamentos. As operações da Agência são realizadas por intermédio de agentes financeiros intermediários, públicos ou privados.
BNDESPAR
A BNDESPAR é uma sociedade por ações, constituída como subsidiária integral do BNDES. Seus objetivos são:
  • realizar operações visando à capitalização de empreendimentos controlados por grupos privados, observados os planos e políticas do BNDES;
  • apoiar empresas que reúnam condições de eficiência econômica, tecnológica e de gestão e, ainda, que apresentem perspectivas adequadas de retorno para o investimento, em condições e prazos compatíveis com o risco e a natureza de sua atividade;
  • apoiar o desenvolvimento de novos empreendimentos, em cujas atividades se incorporem novas tecnologias;
  • contribuir para o fortalecimento do mercado de capitais, por intermédio do acréscimo de oferta de valores mobiliários e da democratização da propriedade do capital de empresas; e
  • administrar carteira de valores mobiliários, próprios e de terceiros.
BNDES PLC
A BNDES PLC é uma subsidiária integral do BNDES, constituída no Reino Unido, e tem como principal finalidade a aquisição de participações acionárias em outras companhias, por ser uma investment holding company. Inaugurada em novembro de 2009, em Londres, a subsidiária representou a chegada do Banco a um dos principais centros financeiros do mundo, constituindo mais uma etapa da expansão das atividades da instituição para fora do Brasil. Também são objetivos da subsidiária aumentar a visibilidade do Banco junto à comunidade financeira internacional e auxiliar de maneira mais efetiva as empresas brasileiras que estão em processo de internacionalização ou aquelas que buscam oportunidades no mercado internacional.
Além de ser um ponto de referência e de apoio para as companhias brasileiras que já possuem presença global, a BNDES PLC é a ponte entre investidores internacionais e as grandes oportunidades de investimento oferecidas pelo Brasil, que possui grande fronteira de investimentos em infraestrutura, sofisticado setor industrial e agronegócio com competitividade única em termos mundiais.

FÁBIO KERCHE, 43, doutor em ciência política e pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa, salienta que:

Marina erra ao dizer que o BNDES empresta para "meia dúzia". Em 2013, 97% de suas operações foram para micro, pequenas e médias empresas

O BNDES é um dos principais instrumentos que o governo brasileiro dispõe para implementar sua política econômica. É o governo em exercício que escolhe as áreas prioritárias e as linhas de atuação do banco, que as executa por meio de um rigor técnico garantido por seu capacitado corpo funcional.

Para ficarmos em apenas dois exemplos: no governo Fernando Henrique Cardoso, o BNDES teve um papel fundamental nas privatizações e no governo Lula, respondendo à forte crise iniciada em 2008, expandiu o crédito à indústria e à infraestrutura.

É, portanto, absolutamente legítimo que o papel do BNDES seja debatido na campanha eleitoral. O próximo presidente terá a responsabilidade de manter ou modificar as prioridades do banco nos próximos anos, decisão que poderá afetar todo o financiamento ao setor produtivo brasileiro.

Mas esse necessário debate eleitoral seria mais proveitoso para o país se fosse lastreado por um correto diagnóstico por parte dos candidatos. Como corrigir rumos se não conseguimos entender a atual direção? Esse parece ser o caso da candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva.

Em entrevista ao programa "Bom Dia Brasil", da TV Globo, que foi ao ar nesta quinta-feira (25), a candidata disse que "o que enfraquece os bancos é pegar o dinheiro do BNDES e dar para meia dúzia de empresários falidos, uma parte deles, alguns deles que deram, enfim, um sumiço em bilhões de reais do nosso dinheiro". O número de imprecisões só dessa frase é impressionante.

Em primeiro lugar, o BNDES não "dá" dinheiro a ninguém, ele empresta. Isso significa que o banco recebe de volta, corrigidos por juros, os seus financiamentos. Sua taxa de inadimplência é de 0,07% sobre o total da carteira de crédito, segundo o último balanço, sendo a mais baixa de todo o sistema bancário no Brasil, público e privado.

Isso nos leva a outra imprecisão da fala da candidata. A qual "sumiço" de recursos ela se refere se o BNDES recebe o dinheiro de volta e obtém lucros expressivos de suas operações? O lucro do primeiro semestre, de R$ 5,47 bilhões, foi o maior da história do banco.

Em relação aos empresários "falidos", talvez a candidata, em um esforço de transformar em regra a exceção, esteja se referindo ao caso Eike Batista. Se isso for verdade, temos mais uma imprecisão: seja por causa de um eficiente sistema de garantias das operações, seja porque grupos sólidos assumiram algumas empresas, o BNDES não sofreu perdas frente aos problemas enfrentados pelo empresariado.

Por fim, nada mais falso do que dizer que o BNDES empresta para "meia dúzia". No ano passado, o banco fez mais de 1 milhão de operações, sendo que 97% delas para micro, pequenas e médias empresas.

Embora o BNDES não tenha a capilaridade dos bancos de varejo, a instituição aumentou seus desembolsos para as pequenas empresas dos cerca de 20% do total liberado da década de 2000 para mais de 30% no ano passado. Se retirássemos as típicas áreas onde os pequenos não atuam (setor público, infraestrutura e comércio exterior), os financiamentos para os menores representariam 50% dos desembolsos do banco.

Das cem maiores empresas que atuam no Brasil, 93 mantém relação bancária com o BNDES. Entre as 500 maiores, 480 são clientes do banco. Como sustentar que o BNDES escolhe "meia dúzia" se a instituição apoia quase todas as empresas brasileiras dos mais variados setores de nossa economia?

A candidata Marina Silva lembrou recentemente que uma mentira repetida diversas vezes não se transforma em verdade. Essa máxima também vale para o papel que o BNDES vem desempenhando nos últimos anos.


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