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PARÁ NA ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO E NO IMPRESCINDÍVEL DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO DO PAÍS COM BELO MONTE

Altamira possui uma área de 159 695,938 km², o que o torna o maior município do Brasil e o terceiro maior do mundo em extensão territorial (sendo somente menor que Qaasuitsup e Sermersooq, municípios gronelandeses.
Se o município de Altamira fosse um país, seria o 91º país mais extenso do mundo, maior que Grécia e Nepal.
Se fosse um estado brasileiro, seria o 16º maior, um pouco menor que o Paraná e maior que o Acre e o Ceará.
No município de Altamira inicia-se a "volta grande do Xingu", trecho sinuoso e cheio de cachoeiras do Rio Xingu onde, no final do trecho, onde está sendo construída a Hidrelétrica de Belo Monte. Essa hidrelétrica será a terceira maior do mundo (após a Hidrelétrica de Três Gargantas na China, e a Usina Hidrelétrica de Itaipu entre o Brasil e o Paraguai), e inundará cerca de 400 km², principalmente nos municípios de Vitória do Xingu e Altamira.
Belo Monte
Localizada no Rio Xingu, no estado do Pará, a Usina de Belo Monte vai produzir energia suficiente para abastecer 40% do consumo residencial de todo o Brasil. É a maior obra de infraestrutura do País e já tem cerca de 30% de suas obras concluídas. A previsão é que a primeira das 24 turbinas da usina comece a operar em fevereiro de 2015, e a última, em janeiro de 2019.

A hidrelétrica terá capacidade instalada de 11.233,1 megawatts (MW) de potência e geração anual prevista de 38.790.156 megawatts-hora (MWh) ou 4,57mil MW médios. Belo Monte deve representar cerca de 7% da expansão de capacidade de energia prevista para o País entre 2011 e 2021.

Usina de Belo Monte deverá produzir energia suficiente para abastecer 40% do consumo residencial de todo o País
  • Usina de Belo Monte deverá produzir energia suficiente para abastecer 40% do consumo residencial de todo o País
O empreendimento faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Quando entrar em operação, a hidrelétrica vai aumentar a oferta de energia e garantir mais segurança ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 4,2% em 2012, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). Projeções constantes no Plano Decenal de Energia 2021 apontam para uma expansão da demanda de energia de cerca de 4,9% até 2021.
Em meados de dezembro de 2012, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou o maior empréstimo de sua história para um único projeto. O financiamento, com prazo de 30 anos, somará R$ 22,5 bilhões e autorização para emitir mais R$ 500 milhões em debêntures de infraestrutura para a Norte Energia S.A., que investirá R$ 28,9 bilhões em Belo Monte.
Parte do aumento do custo anunciado inicialmente visa à redução do impacto ambiental. A usina de Belo Monte vai funcionar em sistema de fio d´água, ou seja, a água do rio passa pelas turbinas e volta ao leito, sem a formação de grande reservatório. O principal terá 502,8 quilômetros quadrados, sendo 228 km² correspondentes ao leito do rio na cheia.
Esse foi um arranjo de engenharia para gerar energia de forma constante com baixo impacto socioambiental e com a menor área alagada possível. Por esse motivo, na época das chuvas a geração será máxima, de 11,233 MW médios. Já no período da seca, a geração poderá chegar a valores muito baixos.
Da energia produzida por Belo Monte, 70% irão para 27 distribuidoras localizadas em 17 estados. Dez por cento, para as empresas autoprodutoras no Pará e sócias do empreendimento e 20%, para o mercado. As indústrias não receberão energia subsidiada.

O Sítio Pimental, que terá a barragem principal, fica a 40 quilômetros de Altamira e o Sítio Belo Monte, onde está localizada a casa de força principal, fica a 52 quilômetros da cidade.
Atualmente, há 18 mil pessoas trabalhando na construção da usina. No pico das obras (2013), estão empregados 28 mil pessoas para construção e montagem da usina.
Para obter a licença de instalação, em 1º de junho de 2011, o empreendimento se comprometeu a atender a uma série de exigências feitas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, são 14 planos de ação, envolvendo 54 programas e 86 projetos para o desenvolvimento regional nos cinco municípios da área de influência direta da usina (Altamira, Brasil Novo, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Anapu).
Para discutir a construção, foram realizadas 12 consultas públicas entre 2007 e 2010, quatro audiências públicas do Ibama e 30 reuniões da Fundação Nacional do Índio (Funai). A obra não inundará terras indígenas, nem terá impacto direto sobre essas terras, apesar da mudança de vazão na área da Volta Grande do Xingu. Mesmo assim, o hidrograma proposto não deve alterar as condições das etnias Juruna e Arara, que habitam a área.
Compensações
No entorno dos canteiros de obra, a Norte Energia vem acelerando as ações compensatórias socioambientais. Uma das prioridades são as obras de saneamento básico, que acabam de ser contratadas para os municípios de Altamira e Vitória do Xingu. A previsão é de que os trabalhos nas duas cidades estejam prontos até julho de 2014, com aportes de R$ 246 milhões. O pacote de ações compensatórias de Belo Monte soma R$ 3,88 bilhões.
Em meio às ações contratadas e em andamento em 2012, serão aplicados R$ 183 milhões no saneamento básico de Altamira e R$ 63 milhões em Vitória do Xingu.  Já foram investidos R$ 120 milhões na infraestrutura do reassentamento urbano coletivo, e R$ 6 milhões, na melhoria ambiental do lixão de Altamira. Segundo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), 16 mil pessoas precisarão ser remanejadas do núcleo urbano de Altamira para locais próximos ao local onde residem.
Para 2013, a empresa prevê o início da construção de 4,1 mil casas para o reassentamento urbano coletivo, a construção do Hospital de Altamira de alta e média complexidade e dos aterros Sanitário de Altamira e de Vitória do Xingu, além da continuidade nas obras de saneamento básico. A área socioambiental conta com recurso de R$ 3,88 bilhões, divididos entre ações sociais, ambientais e fundiárias na 11 cidades da área de influência de Belo Monte.
Os impactos decorrentes da construção da hidrelétrica referentes ao meio ambiente, bem como às populações indígenas e aos ribeirinhos, foram identificados no EIA para a elaboração do Projeto Básico Ambiental e do Projeto Básico Ambiental da Componente Indígena (PBA-CI).

A Norte Energia tem também o compromisso de investir ao longo de 20 anos, ou seja, até 2031 a quantia de R$ 500 milhões no Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX), que promove projetos de interesse regional propostos, discutidos e aprovados pelas próprias instituições, oficiais ou não, com foco na região do Xingu e Transamazônica. O governo federal, por meio de seus programas irá investir nessa região e no mesmo período cerca de R$ 3,0 bilhões.
Recentemente, a Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou, na Justiça, a regularidade do licenciamento ambiental, concedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à Norte Energia S/A, para construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte no leito do Rio Xingu, no Pará.

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