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NÃO DEU NO JN! WILIAN BONNER NÃO FEZ O BEICINHO DE QUANDO MANCHETEOU A MORTE DE STEVE JOBS PARA ANUNCIAR A MORTE DE AARON SWARTZ. COMO SEMPRE A PROPRIEDADE FICOU ACIMA DA CULTURA, DA LIBERDADE E DA VIDA NOS EUA E NO PIG

Jovem programador foi acusado de compartilhar artigos acadêmicos de bibliotecas norte-americanas na rede .

No dia 11 de janeiro, o jovem Aaron Swartz, 26 anos, foi encontrado morto em seu apartamento, na cidade de Nova Iorque.
Ele sofria de depressão e teria se suicidado, sem deixar nenhum bilhete ou informação. Aaron, aos 14 anos, já era considerado um grande prodígio no mundo digital por desenvolver o sistema RSS (Rich Site Summary), que possibilita o recebimento de informações atualizadas de diversos sites diferentes, sem que seja necessário visitá-los um a um.
Essa poderia ser uma notícia como várias outras, não fosse o fato de que Swartz, um jovem programador informático, estava a poucos dias de um julgamento que poderia levá-lo a mais de 30 anos de prisão e a receber uma multa de cerca de um milhão de dólares. A acusação era que ele havia feito “download ilegal” de 4,8 milhões de documentos científicos e literários da plataforma JSTOR, que abrigava arquivos de sete bibliotecas norte-americanas e cobra 19 dólares por mês de quem quiser acessar os seus “papers”.
A família responsabiliza as autoridades judiciais americanas pelo acontecido e critica o sistema judiciário dos Estados Unidos que iria prender um jovem de 26 anos por “um crime que não fez vítimas”. Isso por que, além de uma mente brilhante, Swartz era um jovem ativista e defensor da liberdade de expressão e compartilhamento de conteúdos na internet. Um jovem que não se conformava com uma lógica em que as pessoas são obrigadas a pagar para ter acesso ao conhecimento, como mostram os casos de bibliotecas inteiras cujo acervo é digitalizado, mas acessível somente aos que podem pagar suas taxas.

No seu documento mais difundido (Guerrilha Open Access), Aaron coloca que a herança inteira do mundo científico e cultural, publicada ao longo dos séculos em livros e revistas, é cada vez mais digitalizada e trancada por um punhado de corporações privadas”.
Para o capitalismo, todo ataque à liberdade de expressão e de compartilhamento de conteúdos tem sua razão de existir: seja para o controle do conhecimento em circulação, seja para a garantia dos lucros bilionários das grandes corporações internacionais. Aaron é mais uma vítima de um sistema no qual o lucro da grande burguesia está acima do conhecimento, da liberdade e da própria vida.

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