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Para exorcizar Lobobão: Sá, Rodrix & Guarabyra

Foi um trio musical, formado por Luíz Carlos Sá, Zé Rodrix e Guttemberg Guarabyra. Surgido no início da década de 1970, no Brasil, o grupo se notabilizou pela criação do chamado rock rural, em que se mesclavam diversas influências musicais, do rock à música sertaneja (ou caipira).
Foi uma carreira intensa. De seu primeiro show no Teatro Opinião, com casas cheias todas as noites, os três partiram para o circuito da época: televisões, universidades, clubes, viajando pelo Brasil inteiro da maneira, como se fazia na época em que nada era mega, a não ser os problemas. Mas as músicas eram excepcionalmente boas: AMA TEU VIZINHO, PRIMEIRA CANÇÃO DA ESTRADA, CUMPADRE MEU, HOJE AINDA É DIA DE ROCK. No fim de seu primeiro ano juntos, mudaram-se para São Paulo, atendendo a um convite do amigo Rogério Duprat, que precisava dos três em sua produtora de comerciais. E no segundo LP apareceram ANOS SESSENTA, MESTRE JONAS, PINDURADO NO VAPOR e BLUE RIVIERA. 
Em São Paulo, por divergências ideológicas (Zé RODRIX começou a detestar estradas, viagens, hotéis, chuveiros de hotéis, camas de hotéis, etc.) e, depois de quase dois anos completos de vida em comum, os três se separaram, indo cada um perseguir a sua carreira solo. Enquanto Zé RODRIX enfrentava as vicissitudes do sucesso popular (nos mesmos hotéis que detestava) com diversos primeiros lugares nas paradas de sucesso, produzido pelas mãos dos bandidos que na época eram amadores e hoje são profissionais, SÁ e GUARABYRA andavam cada um tentando levar sua carreira solo da maneira que podiam e, num belo dia, em um show, decidiram voltar a cantar juntos.


Casa no campo
Composição: Zé Rodrix / Tavito
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais
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Lobobão - O Poço não tem fundo!
Décadence sans élégance
Lobobão está no ostracismo. Lutando para recompor sua carreira musical de qualquer jeito, ele viu-se obrigado chutar o balde da dignidade. Certo de que tudo foi para o Brejo e, portanto, nada tem a perder, o  Batráquio teve a grande ideia que o colocaria novamente com destaque na mídia. Claro, nada que dependesse de apresentar um trabalho musical descente. Foi com esse objetivo que ele passou a atacar todos os grandes nomes da MPB e a própria MPB dando a entender que quando se trata de Musica nesse Pais tropical, terra do samba e do futebol, o cara que sabe tudo é ele e aqueles a quem ele indica como luminares da arte.
Lobabão é o melhor exemplo de ate onde pode chegar a inveja e do que é capaz um Caidasso sem talento para aparecer.

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